sábado, 10 de abril de 2010

Tráfico de drogas ou tráfico de vidas?

Esse é um assunto muito complicado não sei por onde e nem por quem começar. Acabei de assistir um filme chamado "Rio Favela" do qual expandiu um pouco meu pensamento para a escrita desse assunto. Eu mal conheço, ou tampouco estou tão próxima dessa realidade nua e crua, mas o "pouco" que eu sei, é constrangedor.
Não há quem culpar basicamente, dizer a culpa total disso é do presidente ou do simples menino mau-abandonado. É tudo envolvido em um CONTEXTO. Mas sempre culpo quem se diz responsável pela população, ou seja, o governo. Os governantes sempre preferem investir em armas, munição, polícia, etc e tal desse meio de violência, do que investir em educação, cultura, lazer, enfim coisas e meios que dão novas oportunidades, novos pensamentos pra essa população que vem sendo massacrada há séculos.
É total hipocrisia dizer que temos "direitos iguais" ou se você lutar você consegue. Eles tiram base disso de quem afinal? De 2% sobre 100%? Como diz o Mv Bill eles só dizem do povo quando o povo vira uma estatística de quantidade de morte ou violência.
A criança que está envolvida no meio da comunidade/favela vê, escuta, vive o crime dia-a-dia procura a saída no quê? No tráfico de drogas (ou vidas). Aquele sonho antigo de ser um jogador de futebol, sambista, funkeiro passam com o vento e com as dificuldades/necessidades expostas dia-a-dia.
Acho que perdi o foco do texto entre começo, meio e fim, mas basicamente escrevi alguns pensamentos. Só o que eu queria ressaltar é a classe que sempre sofre com o caos da sociedade. Quem passa fome? A classe baixa! Quem sofre/sofreu com as inundações nos últimos dias? A classe baixa. Quem sofre com a falta de investimento? A classe baixa. Quem se sujeita a prostituição por troca de pão? A classe baixa. Quem sujeita a sua vida em troca de ter o que comer, vestir, etc? A classe baixa.
Não, não tampemos os nossos olhos. Acorda, meu Brasil!